quarta-feira, 4 de novembro de 2009

(Faz tempo que não escrevo aqui, e nada meu hoje, apenas citações)



Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu rio e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quanto mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinícius de Moraes)


hora de ter saudade

Houve aquele tempo.
E agora, que a chuva chora,
ouve aquele tempo!
(Guilherme de Almeida)




(Quem sabe a solidão, fim de quem ama)

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